Com os pés descalços e sem camisa, caminhava pensativo pelo corredor escuro do apartamento. Tudo que eu queria era resolver aquela situação de uma vez por todas. Estava determinado. Fui para cozinha, e num chão empoeirado bebi o último copo com água do dia. Estressado e angustiado só enxergava uma maneira de acabar com aquele festival de asneiras. Minhas olheiras já chegavam à bochecha!
Subindo as escadas degraus de velhas tabuas rangiam. Fui direto ao banheiro e tomei um banho gelado como se nada tivesse acontecido. Enxugava minha pele e já sentia gotas de suor escorrerem pelo peito. Meu corpo pressentia usar todo o sangue frio. Estava decidido a matá-la.
Deitei na cama e fiquei paralisado por alguns segundos. Meus músculos contraídos só esperavam o momento exato para liberar todo o ódio acumulado. A magrela me olhava com desdém e prestes a reclamar de alguma coisa.
Do nada começou tagarelar besteiras em meu ouvido. Não hesitei. Pulei da cama e a encurralei no canto da parede. Em um segundo lembrei de toda tormenta que passei a seu lado naqueles últimos dias. Encarei-a sem piscar. Ela gritava ininterruptamente e não parava de se debater contra a parede. Com toda a minha força a agarrei. Cravei meus dedos até seu corpo desfalecer. Deixei-a ali mesmo, caída no chão. O sangue dela em minhas mãos tornava aquela noite mais agradável. Finalmente matei aquela maldita muriçoca!
5 comentários:
E eu achando que era um 'eu-lírico' piscopático ou algo do gênero!
Muito bem sacado e criativo! rs
Seria trágico se não fosse cômico!
Hehehe.. muito bom ;)
kkkkkkkkkkkkkkkk
eu já ia dizer "mas caiã vc não parece ser assim agressivo"
massa, adorei
Seria trágico se não fosse cômico! [2]
rsrsrsrrs
Massa! Adorei!
Putz...já tava achando que você tinha um psicopata nas entranhas!! rsrsrs...Fantástico! Surpreendente!!!
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