segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vaidade "diplomática"

Por um tempo deixei na coluna lateral deste blog aquele selo da campanha em defesa da obrigatoriedade do diploma em jornalismo. Devido ao número de pessoas que acatavam a campanha na faculdade, entrei no “movimento” sem ter parado para analisar a situação. Depois de certa reflexão percebi que estava equivocado. Concordo que a universidade é uma ótima maneira de adquirir técnica e experiência, não só para a questão do jornalismo em si, mas também para nossa formação geral, visão do mundo etc... Mas não podemos afirmar que a formação acadêmica, específica em jornalismo é a única condição que define o jornalista como profissional competente.

O jornalismo exige domínio de linguagem, escrita, técnica, conhecimento geral, faro jornalístico, procedimentos editorias, que não são necessariamente adquiridos numa Universidade. Um argumento muito usado é o da ética e a responsabilidade social. Ética não se adquire em uma faculdade!! A ética vai da personalidade e caráter de cada um!

Este texto abaixo foi encontrado em um campo de concentração nazista, logo depois da segunda guerra mundial e com certeza contextualiza bem a questão do diploma em discussão.

"Prezado Professor
Sou sobrevivente de um campo de concentração.
Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver.
Câmaras de gás construídas por engenheiros formados.
Crianças envenenadas por médicos diplomados.
Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas.
Mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades.
Assim, tenho minhas suspeitas sobre a educação.
Meu pedido é: ajudem seus alunos a tornarem-se humanos.
Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis.
Ler, escrever e saber aritmética só são importantes
Se fizerem nossas crianças mais humanas."

Se a formação acadêmica, específica em jornalismo é a única condição que define o jornalista como profissional competente, então por que os formados se preocupam? Afinal, o mercado naturalmente seleciona os bons profissionais.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mal dita


Com os pés descalços e sem camisa, caminhava pensativo pelo corredor escuro do apartamento. Tudo que eu queria era resolver aquela situação de uma vez por todas. Estava determinado. Fui para cozinha, e num chão empoeirado bebi o último copo com água do dia. Estressado e angustiado só enxergava uma maneira de acabar com aquele festival de asneiras. Minhas olheiras já chegavam à bochecha!

Subindo as escadas degraus de velhas tabuas rangiam. Fui direto ao banheiro e tomei um banho gelado como se nada tivesse acontecido. Enxugava minha pele e já sentia gotas de suor escorrerem pelo peito. Meu corpo pressentia usar todo o sangue frio. Estava decidido a matá-la.

  Deitei na cama e fiquei paralisado por alguns segundos. Meus músculos contraídos só esperavam o momento exato para liberar todo o ódio acumulado. A magrela me olhava com desdém e prestes a reclamar de alguma coisa.

Do nada começou tagarelar besteiras em meu ouvido. Não hesitei. Pulei da cama e a encurralei no canto da parede. Em um segundo lembrei de toda tormenta que passei a seu lado naqueles últimos dias. Encarei-a sem piscar. Ela gritava ininterruptamente e não parava de se debater contra a parede. Com toda a minha força a agarrei. Cravei meus dedos até seu corpo desfalecer. Deixei-a ali mesmo, caída no chão. O sangue dela em minhas mãos tornava aquela noite mais agradável. Finalmente matei aquela maldita muriçoca!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Os dois primeiros hotéis sustentáveis do país estão em Lençóis, na Chapada!

A Chapada Diamantina comemora mais uma vitória, o Hotel de Lençóis acaba de receber o certificado de Sustentabilidade pela ABNT.

A ABNT (Associação brasileira de normas técnicas) concedeu ao Hotel Canto das águas, em maio deste ano, uma certificação que garante ao estabelecimento o título de primeiro hotel sustentável do Brasil!! Em outubro, o Hotel de Lençóis também recebeu o título e demonstra mais uma vez que a região está no caminho certo.

Ações e medidas ecológicas podem ser observadas, a exemplo do aquecimento solar da água – método não poluente que preserva a natureza e economiza energia; Reciclagem de água para irrigação dos jardins; Uso preferencial de papéis reciclados; Utilização de lâmpadas de baixo consumo de energia e uso de luz natural através de construções que favorecem o seu uso; Transformação de todo lixo orgânico em composto orgânico para uso nas áreas verdes; Seleção do lixo destinado à reciclagem local; Uso preferencial de madeira renovável (com certificação do IBAMA), preservando as matas naturais, além do uso de madeira de demolição; Plantação de centenas de arvores e arbustos em 05 hectares de área verde do Hotel, entre outras ações, traduzem a essência do Hotel de Lençóis. “Nós, do Hotel de Lençóis, temos orgulho de estar contribuindo para preservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida da comunidade de Lençóis”.

A certificação de Sustentabilidade da ABNT ao Hotel de Lençóis e Hotel Canto das Águas coloca a Chapada Diamantina em destaque, pois as práticas sustentáveis vêm influenciando diretamente a escolha dos consumidores pelos destinos e pelas empresas, seguindo uma nova postura mundial.

A proprietária do Hotel Canto das águas, Yasmim Lessa Felippi, comemora a certificação, a qual considera uma conquista "natural", uma vez que as medidas adotadas fazem parte da rotina do hotel. E inclui todos os funcionários, como salienta seu sócio, Carlos Antônio: "sem a determinação e empenho do grupo isso certamente não teria acontecido".

Parabéns ao Hotel de Lençóis e o Hotel Canto das águas, parabéns à Chapada Diamantina! Que sirva de exemplo a todos os grandes hotéis do país!
OBS: Primeira foto: Hotel Canto das águas; Segunda foto: Hotel de Lençóis